Entenda o impacto ambiental de roupas novas vs. de segunda mão

Enquanto a produção de peças novas envolve uma grande cadeia de desperdício, as de segunda mão ajudam a diminuir a quantidade de lixo têxtil.

Foto: Andrea Piacquadio/Pexels

 

Uma escolha consciente pode fazer toda a diferença, seja no modo como nos portamos quanto nas medidas que tomamos. Enquanto a produção de roupas novas envolve uma grande cadeia de desperdício de produtos, a escolha por peças de segunda mão ajuda a diminuir esta quantidade, prolongando o ciclo de vida útil de uma peça já existente.

Conforme um levantamento da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), roupas velhas, retalhos e peças de couro fazem parte das mais de 4 milhões de toneladas de resíduos têxteis descartados no Brasil por ano. Os resíduos são considerados os maiores vilões da indústria da moda, pois acumulam-se rapidamente, sem que haja uma saída para combatê-los de forma significativa.

Além disso, também deve-se considerar o impacto do uso de recursos para a produção de novas peças. De acordo com a Fundação Ellen MacArthur, são utilizados cerca de 2,7 mil litros de água para produzir uma camiseta, 8 mil litros para um par de sapatos de couro e 11 mil litros para peças de jeans. Em geral, por ano, a indústria têxtil consome 93 bilhões de metros cúbicos de água, o que significa cerca de 4% dos recursos de água potável do planeta.

A decisão, então, de querer participar das últimas tendências e adquirir peças novas a cada estação deve vir acompanhada de um pensamento coletivo: o quanto essa peça será usada equivale ao impacto ambiental que ela causará ao planeta? Segundo um relatório da Fundação Ellen MacArthur, o número de vezes que um artigo de moda foi utilizado diminuiu cerca de 40% entre 2000 e 2015. 

Por outro lado, as roupas de segunda mão podem ser consideradas uma alternativa sustentável para combater este nível de desperdício, servindo como uma opção para reduzir o impacto ambiental associado à produção de novas roupas. Elas não apenas ajudam a conservar recursos hídricos, por exemplo, como também reduzem a demanda por novas matérias-primas.

Uma das opções para promover práticas mais éticas de consumo e reduzir seu desperdício têxtil é fazer compras e vender suas peças em brechós, como o Rehabita. Optar por roupas de segunda mão não só demonstra um estilo único, mas também reflete um compromisso com práticas de consumo responsáveis.

No Rehabita, é possível realizar tanto a venda de peças que você não usa mais, mas que com certeza serão amadas por muitas pessoas, quanto comprar peças que você sempre quis, sem que haja o impacto ambiental da criação de um produto do zero. Este modelo de consumo é chamado de moda circular, ou seja, há a intenção de reduzir o desperdício e maximizar o ciclo de vida das peças de roupa. 

Desse modo, a moda circular vai contra o modelo que estamos acostumados a ver, no qual as roupas são fabricadas, consumidas e descartadas. Com este movimento, é possível prolongar o ciclo de vida das peças, encontrando novos lares para que as mesmas não acabem em lixões. Afinal de contas, o verdadeiro luxo está em fazer escolhas que beneficiem não apenas nós mesmos, mas também o planeta que compartilhamos.

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